Tecnicamente falando, um desencarnado é um espírito errante.  Mas ainda não tem o status de Espírito propriamente dito, e isso explicaremos.  Quando uma pessoa morre ela libera seus corpos sutís que estavam restritos ao corpo físico, e como este já cessou suas funções esses corpos são liberados. O primeiro é a Alma, que volta imediatamente para o Poder Maior de onde veio.  A seguir sai o espírito e em seguida a larva etérea, a respeito da qual já explanamos em outra seção desta mega-page.   
                                               Vamos nos ater ao espírito.  Quando ele aceita logo a sua nova situação ele permanece por pouquíssimo tempo na região intra-mundos, uma área entre este plano e o etéreo.     Ele deve aceitar sua situação, reconhecer que já não tem o corpo físico, que sua existência terrena encerrou-se, e então ele será devidamente ajudado e orientado para a etapa seguinte, que consiste no auto-julgamento e fases posteriores.  Quando e só após passar por essas etapas é que ele será um espírito propriamente dito e encaminhado ao plano espiritual adequado ao seu nível evolutivo.  Mas infelizmente há aqueles que não aceitam a sua situação de mortos e ficam por aqui.   
                                                Há muitas razões para que uma entidade falecida decida ficar aqui, e tanto mais materialista tenha sido a pessoa mais isso é comum de ocorrer.  Uma pessoa que vivia unicamente em função da matéria e que de repente se vê alijada de toda materialidade e jogada numa realidade espiritual quase nunca aceita isso e tenta de todas as maneiras permanecer aqui.  Às vezes a entidade (o desencarnado) acha que tem alguma missão a cumprir, como é freqüente de ocorrer com mães que deixam filhos que elas acham que precisam cuidar.  Também pode ser vingança o motivo, e a pessoa que morreu sentindo-se traída ou injustiçada decide ficar para tentar se vingar.  Enfim, pode ser qualquer razão, e o que importa é que a entidade quis ficar.  Ela não pode ficar o tempo todo no plano material e de tempos em tempos deve permanecer naquele vão entre os dois mundos, que é sempre descrito como uma terra de pesadelos.   
                                                O desencarnado não tem a mesma lucidez que uma pessoa viva, e tem lampejos.    Nem todos eles acham o caminho de casa, por isso são chamados de errantes.  Mas alguns acham seus familiares e amigos e tentam se apegar a eles, e nisto está o problema.  A simples presença de um desencarnado  num ambiente ou próximo a uma pessoa viva causa perturbações de ordem psíquica. É que o desencarnado quando opera no plano físico traz consigo agregado ao que seria a sua aura as emanações deletéreas daquele vão entre-mundos onde ele permanece quando não está aqui, e aquelas e,emanações são altamente tóxicas energeticamente falando.  A  pessoa viva que fica exposta a essas emanações se contamina e além das perturbações psíquicas vai apresentar danos físicos à sua saúde.    
                                                O fato é que esse desencarnado pode estar ali por diversas razões. Pode ser um parente, um amigo, um inimigo ou mesmo um desconhecido que por algum motivo simpatizou com aquele ambiente ou com aquela pessoa em especial.  Mas é imprescindível que esse desencarnado seja removido  e muitas vezes quando é identificado que o desencarnado é um parente, como um pai ou uma mãe falecida, é comum que as pessoas da casa não queiram que seja feita essa remoção por razões sentimentais, ainda que seja bem explicado o tipo de dano que aquela permanência vai causar.     
                                                 Quanto mais tempo permanecer, mais influência o desencarnado vai criando sobre a pessoa em questão, e por isso, leitor, não se engane e saiba desta diretriz básica :  TODO DESENCARNADO É UM OBSESSOR.   Ele vai se tornando cada vez mais insinuante sobre a pessoa que está obsediando, exercendo sobre ela um controle muito grande, que em casos mais graves pode propiciar momentos de quase possessão.      

 

Aqui  temos um desencarnado obsessor clássico, que por alguma razão acompanha uma das moças da foto.  Este desencarnado está certamente um tanto perturbado ainda, e sequer usa roupas. Na sua confusão ele não se deu conta que a questão de vestimentas se obtém de maneira plástica, ou seja para ele bastaria desejar parecer estar vestido pois que é um processo mental esse que criaria acessórios que ele desejasse. Mas em estados de muita confusão essas coisas não lhe ocorrem e provavelmente ele nem tenha se dado conta.  esta foto foi obtida na Thailândia, numa das áreas que foram devastadas por aquela tsunami de alguns anos atrás, por isso suspeita-se de que este desencarnado não tenha nenhum laço de parentesco com a moça e seja alguém que se ligou a ela por laços simpáticos.



                                                                   Nem todo desencarnado é necessariamente mau, e ainda que movido pelas melhores intenções ele pode desconhecer que a sua presença está prejudicando enormemente aquela ou aquelas pessoas, de maneira que não há outra saída que não seja desalojar esse desencarnado.  Simplesmente não há nada de bom nem de positivo que um desencarnado possa proporcionar a uma pessoa viva.
                                                       Mas assim como há os desencarnados que tem boas intenções há também os malvados, aqueles que são deliberadamente maléficos e que estão ali conscientemente para prejudicar.  Geralmente a esses nos referimos como "encostos", já que se encostam na vitima unicamente para prejudicá-la, e tanto mais perverso é o desencarnado quanto menos motivo ele teria para obsediar aquela pessoa. Ora, se a pessoa em questão era um inimigo ou desafeto até pode-se entender que ele queira vingança, mas quando se trata de pessoa que ele sequer conhecia em vida e agora quer prejudicar, esse é mesmo dos mais nefastos.

 

Outro exemplo clássico de desencarnado que se mantém perto de alguém.  Este circunda o rapaz que toca violão.



                                                                            Quando se trata de apenas um desencarnado obsediando até que menos mau, mas às vezes vários desencarnado se unem e formam o que na literatura ocultista chamamos MIASMA, ou Falange.  São como que marginais, delinqüêntes, bandidos do plano etéreo e geralmente há um deles que comanda os demais e não raro este que comanda é o mais lúcido e mais perverso, normalmente o mais revoltado.

 

Veja este outro exemplo :  nesta foto de funcionários de uma empresa de engenharia na Inglaterra registrou-se um miasma.. Aquele aglomerado é composto por vários desencarnados que operam juntos. Aos desavisados, numa primeira olhada poderia parecer uma larva etérea, mas uma olhada mais atenta mostrará que são diversas entidades.  Este miasma é composto por pelo menos 12 indivíduos.
Aqui temos uma concepção artística do que é um miasma clássico

                                                

 

                                                                                     Desalojar um desencarnado, ou, pior ainda, um miasma, não é tarefa para um leigo, pois que tanto um quanto o outro poderão se tornar violentos e atacar, e o fazem de várias maneiras, não apenas chamando a ajuda de outras entidades como agredindo fisicamente a vítima, causando acidentes em casa e gerando distúrbios psíquicos cada vez mais graves, que podem levar a pessoa literalmente à loucura mas não sem antes ter causado malefícios a outras pessoas.  Na verdade, muitas vezes quando uma pessoa que até certo tempo atrás era sadia mas de repente começou a se comportar de modo estranho e um dia ataca familiares e até mata alguns, ela dirá que ouvia vozes que a mandavam fazer aquilo :  nem sempre se trata de pessoa desequilibrada e muitas vezes ela está dizendo o que de fato acontecia. Isso de ouvir vozes que perturbam e mandam fazer isso ou aquilo nem sempre é sinal de demência e pode ser obsessão.  Lidar com essas entidades é tarefa para pessoas habilitadas para isso, nunca para profanos.
                                                                    Não que isso vá banir desencarnados, mas poderá limitar seu raio de ação :  aspergir as paredes da casa e até as pessoas, com água benta e usando um chumaço de arruda é uma fórmula MUITO antiga.  Orações também diminuem seus efeitos, mas nunca intente um ataque frontal.  Recitar o Salmo 91 e rogar a proteção divina é sempre uma boa medida.

                                                                   
Adendo :  achei por bem mencionar que nem todo desencarnado tem esse critério lúcido de escolha entre ficar aqui ou partir para outros planos, pois que na verdade a grande maioria dos desencarnados não tem sequer ciência do que lhe ocorreu.  É que especialmente nos casos de morte violenta e / ou repentina o desencarnado não percebe o que houve e se julga ainda vivo. Na confusão mental em que passa a existir ele nem sempre se dá conta de que as pessoas não o percebem e que ele já não consegue interagir.  Muitos não percebem isso e tentam manter as suas rotinas.  Conforme explicamos acima, eles tem apenas lampejos e não contam com a lucidez de uma pessoa viva, e assim não se dão conta da sua situação.  Quando chegam aqueles momentos em que deve permanecer no entre-mundos ele julga que aquilo foi apenas um tipo de pesadelo, e segue sua rotina depois.  Mas mesmo sendo esse o caso de grande parte dos desencarnados, eles continuam a ser nocivos pela proximidade.  Por mais bem-intencionado ou aparentemente inofensivo que ele seja, a mera presença já é prejudicial, razão pela qual uma das piores coisas que pode acontecer a alguém é ser acompanhada por um desencarnado.

 

 

VOLTAR GIRANTE.GIF (15720 bytes)      INDICE