razão de ser deste capítulo é a quase total falta de informações e as confusões que são feitas envolvendo os conceitos relativos a egrégoras, larvas astrais e assemelhados.  Este capítulo se propõe a desfazer esses equívocos.  Vamos ver as diferenças entre entre esses termos e estabelecer as definições de egrégoras, seus tipos, finalidades, etc.
                        A literatura esotérica costuma se referir às egrégoras como formas-pensamento mas essa denominação (mormente dada pela Teosofia)  nem sempre é correta.
                        Egrégoras  são entidades artificialmente criadas.  Mas é preciso explicar que essa criação pode ser de forma inconsciente ou de forma intencional e consciente, e explicarei a diferença entre ambas.
                        O tipo mais comum de egrégora é a religiosa.  Quando um santo, um messias, ou um deus é idolatrado e milhares ou milhões de seguidores dedicam fervorosos pensamentos a esse objeto de devoção essa energia devocional não se perde, porque ela tem um destino específico.  Como essa energia está sendo totalmente direcionada a um mesmo objeto de devoção isso tem consequências no astral, onde essa energia vai se plasmando, tomando forma (a forma do objeto de devoção) e com o passar do tempo vai lhe conferindo inclusive uma personalidade condizente daquilo que se sabe ou se espera do ser que está sendo idolatrado.
                         Essa egrégora se manterá forte enquanto for devidamente adorada, porque ela se nutre da adoração dos seus seguidores, mas quando essa adoração deixar de existir a egrégora irá se enfraquecendo até que deixará de existir.
                         Houve um tempo em que os deuses do Olimpo "existiam" .  Em alguns templos haviam inclusive manifestações físicas e é notório o que acontecia no Oráculo de Delfos onde o deus Apolo "falava" ao povo    (é preciso esclarecer que a principal atividade do Oráculo de Delfos era a consulta individual que era feita através de uma sacerdotisa chamada pitonisa, que "incorporava" Apolo, mas muitas vezes o próprio Apolo falava ao povo que aguardava consulta e sua voz era ouvida por todos. Muitas vezes ele aparecia no interior do templo e todos se curvavam.   Não podia tratar-se de pessoa vestida de Apolo fingindo ser o deus porque a imagem era etérea e de grande estatura, incompatível com um ser humano) .  Depois da dominação romana o povo grego foi perdendo sua fé nos antigos deuses e os cultos foram sendo abandonados, o que fez com que as egrégoras que personificavam esses deuses fossem esmaecendo, perdendo a energia até que se dissolveram totalmente.  Isso acontecia tambem com os deuses egípcios, quando aquele povo tinha deuses que eram cultuados em todo o país, eram oferecidas imensas cerimônias e oferendas, templos grandiosos eram erigidos e isso fazia com que as egrégoras desses deuses fossem muito fortes e até produzissem efeitos físicos, mas quando o culto ao panteão egípcio entrou em declínio essas egrégoras perderam suas forças e deixaram de existir.
                         Dentro do próprio cristianismo atual também acontece o mesmo, especialmente na figura de seu ícone maior que é Jesus Cristo.  Não estamos discutindo se Jesus, o Cristo existiu historicamente.  Não é nosso propósito debater as muitas lacunas que dão margem a que se pense que não se trata de uma personagem que realmente tenha existido fisicamente.  O que importa saber é que tenha existido fisicamente ou não, Jesus é uma egrégora de um poder fantástico porque é energia plasmada pela devoção fervorosa de milhões de seguidores durante dois milênios.  Uma egrégora assim tem força para produzir efeitos físicos (normalmente seriam os chamados milagres, mas que na verdade são aplicações de algumas Leis Universais que ainda não foram devidamente compreendidas), tem força para inclusive se tornar visível, daí muitas das ditas aparições.  
                         O mesmo acontece com muitos santos.  Muitas vezes quando as pessoas juram ter visto São Francisco de Assis ou Santa Rita de Cássia elas não precisam estar necessariamente mentindo, podem realmente ter visto.  Mas não seria o próprio santo e sim a egrégora plasmada em nome dele.  Que fique esclarecido que não estamos discutindo se alguma vez o próprio Jesus ou os santos fizeram aparições genuínas, eles mesmos.  O que estamos tentando explicar que na praticamente totalidade dos relatos de aparições trata-se de egrégora.
                          Note-se que a egrégora religiosa tem que estar totalmente alicerçada na fé de quem vê sua aparição.  Por exemplo, sendo este um país católico ninguém relata ter visto o deus Ganesha, a deusa Kali ,  Krishna  ou alguma divindade que não faz parte do sistema de crenças daquela pessoa ou mesmo daquele povo.  Do mesmo jeito, na Índia ninguém fica vendo santos católicos fazendo aparições, salvo se a pessoa que viu segue aquela religião. A egrégora religiosa para ser forte precisa estar próxima das concentrações de energia que a sustentam, por isso não se tem relato de alguém ter visto Jesus na China, por exemplo. Aparições de Jesus e de santos católicos serão comuns em países católicos ou de grandes concentrações de católicos, que enviarão grandes concentrações de energia  para essa egrégora na forma de uma fé fervorosa.
                           Mas existem as egrégoras  criadas de forma intencional e com finalidade definida. Note-se que no caso das egrégoras religiosas foram precisos muitos e muitos anos para que essa energia se plasmasse, porque até então era quase que uma energia errante que foi se "solidificando" aos poucos.  Porém há o caso das egrégoras de Ordem, por exemplo, que são entidades produzidas pelos Iniciados com a missão específica de proteger aquela Ordem.  esse tipo de egrégora costuma ser muito forte, normalmente mais forte que aquelas do tipo devocional, porque as egrégoras de Ordem  eliminaram etapas para que fossem operacionais, a energia dirigida a elas foi muito bem encaminhada e tudo com uma intenção muito bem estabelecida. Ela visa proteger aquela Ordem e seus Iniciados e o faz de forma automática, sem fazer considerações morais.
                              Também já explicamos que aos Iniciados é possível a criação de egrégoras de menor porte para auxiliá-lo em determinadas operações. Ele cria auxiliares para que atuem em certos tipos de operações e é quase sempre esse tipo de entidade que a literatura esotérica costuma chamar de formas-pensamento, mas na verdade essas egrégoras de auxílio pessoal são mais do que meras formas-pensamento, que costumam ser literais, irracionais e muito limitadas.  Na verdade as formas-pensamento são entidades estúpidas e não dotadas de senso de discernimento, que não é o caso  das egrégoras de auxílio pessoal, que em muitos casos dispõe de um certo poder de decisão.

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