Existe um evento espiritual muito raro e que foi poucas vezes mencionado na literatura ocultista, e que aqui o descreverei para que o leitor tome conhecimento.

                                        Não vou entrar em tecnicalidades como explicar que Leis regem ou autorizam o que será descrito, pois isso apenas iria confundir o leitor e ao invés de respostas traria mais perguntas, então vou me ater ao evento propriamente dito.

                                        Uma pessoa, de repente ao em questão de muito pouco tempo, tem seu comportamento totalmente modificado, ao ponto de praticamente se tornar outra pessoa.  Não estou me referindo ao que a Psicologia chamaria de transtorno de dupla ou múltiplas personalidades, quando uma pessoa que tem esse distúrbio tem comportamentos estranhos de tempos em tempos, apresentando personalidades diferentes e que se desconhecem entre si.  Não é a isso que me refiro.

                                        Me refiro ao caso de alguém que em dado momento se tornou outra pessoa, em hábitos, costumes e maneiras, e de modo permanente.  Ela não perde a identidade com que se apresentará, assim ela sabe o nome e todas as informações, mas o comportamento é de outra pessoa.  Não se trata de anomalia psicológica e sim de um evento espiritual.

                                        Tecnicamente se dirá que o que houve ali foi uma troca de espíritos naquele corpo.  Simplesmente o espírito que estava ali cedeu lugar a um outro.  Primeiro vamos entender o por que isso teria ocorrido.  Pode ter havido de uma pessoa estar em uma situação emocional tão desesperadora que tenha cogitado suicídio.   Mas aquele corpo está em bom estado e poderia ser usado por um espírito que tenha recebido uma atribuição para exercer na Terra, uma missão.  Se for este o caso, esse espírito perderia muito tempo se tivesse de reencarnar como bebê e ter que crescer,  de maneira que lhe seria muito mais fácil pegar um corpo que já está formado e pronto.

                                         Pode ter havido uma negociação pela cessão daquele corpo, onde o espírito que o habita já não suporta o desespero em que vive e aceita ceder aquele corpo a um espírito que dará uso a ele.  Pode também não ter havido negociação, e esperou-se até que o espírito desesperado tenha levado a cabo a idéia do suicídio, porém entidades espirituais superiores deixaram que ele levasse a idéia às vias de fato, caracterizando que desejava destruir aquele corpo.  Assim, tendo se configurado isso, no último instante não se permitiu que o corpo fosse muito danificado, e o espírito que o habitava foi retirado dali enquanto o novo espírito entrou, e isso acontece  em muitos daqueles casos que se diz que houve  "tentativa de suicídio"  que tinha tudo para dar certo mas a pessoa não morreu.  É a corda do enforcado que arrebenta no último instante,  é alguém que se joga na frente de um ônibus mas onde se esperava que fosse esmigalhada ela sofre apenas ferimentos menores, etc.,  mas em todos há em comum uma mudança radical na personalidade após o ocorrido.  E as pessoas que convivem perto deste que queria se suicidar, sem saberem que estão dizendo uma verdade, comentam que aquela pessoa não é mais a mesma desde o dia da tentativa de suicídio, e comentam sobre o quanto ela mudou, ao ponto de nem a reconhecerem.

                                          Se houve acordo para a desocupação, o espírito que sai se torna desencarnado por um brevíssimo instante e já é conduzido para o auto-julgamento, sob os cuidados de outros espíritos que vão lhe ajudar.  Se não houve acordo, vigora o que a Lei prevê para com os suicidas, e embora aquele corpo físico não tenha sido destruído, só não o foi de fato pela intervenção de entidades espirituais pois que o habitante daquele corpo queria vê-lo destruído e sem vida e conduziu a situação com esse objetivo até o último instante.  E deve ficar claro que a ocupação daquele corpo por um Entrante é fato permanente e não transitório.

                                           Há pessoas, que, não se sentindo mais em condições de suportar o fardo de suas vidas tentam contatar entidades espirituais oferecendo aquele corpo em troca de uma saída sem dor, sem traumas ou punições, onde pretendem simplesmente deixar o corpo sem que arquem com eventuais consequências, ou seja, não pretendem se matar, apenas não querem mais viver.  Isso é perigoso porque nem sempre os interessados serão espíritos bondosos, e há entidades trevosas que também tem interesse em ofertas desse tipo.  Ganhariam um corpo de presente, sem que precisassem possuí-lo à força.   E quando uma coisa dessas se consuma, é normal que não cumpram sua parte no acordo e a pessoa que sai se torna desencarnada sem nenhum amparo, e esse corpo físico passa a ser habitado por uma entidade maléfica, e é aí que se tem aqueles relatos de uma súbita transformação de alguém que de repente deixou de ser aquela pessoa boazinha e amorosa e se tornou diabólica, maliciosa e sempre disposta a fazer  maldades e a prejudicar os outros.

                                           Supondo que o entrante narrado aqui não seja maléfico e sim um que vem desempenhar uma tarefa que a ele tenha sido atribuída, ele costuma trazer consigo também até habilidades que a pessoa não tinha, e isso causa espanto quando se vê que dentre as radicais mudanças que aquela pessoa apresenta se inclui também certas habilidades que ela certamente não tinha.  e a pessoa que não tinha nenhum dote artístico agora, subitamente, pinta quadros excelentes, ou escreve com primor, ou esculpe, enfim, agora tem habilidades que não tinha.  E também perde alguns medos e fobias, e assim, a pessoa que era traumatizada com aviões agora até saltaria de pára-quedas sem nenhum receio de altura, ou então agora sabe dirigir sem nunca ter ficado ao volante de um carro.

                                            Deve ficar claro que a não ser que esse entrante seja um Espírito de muita elevação,  ele não tem plena consciência de sua nova condição, ou seja, a partir do momento em que "encarna"  naquela pessoa ele não tem plena consciência de quem é ou o que está fazendo ali.   Ele vai agindo e encaminhando as situações para o cumprimento daquele missão, mas de forma casual, espontânea e muitas vezes inconsciente. Isso é feito para evitar um choque cultural entre o que entrou e o que saiu.  Assim, tecnicamente, o João, que sabemos não ser mais o João mas que tecnicamente ainda é, tem habilidades e comportamentos que não tinha antes, mas que para todos os efeitos ainda é o João.  Só que agora, tendo um entrante dentro, ele vai cumprir a missão que lhe foi designada e o fará de modo natural.  Ou seja, uma vez encarnado, o entrante não tem acesso a toda informação a respeito do evento que o pôs ali.  Se dirá que o João desenvolveu habilidades e comportamentos novos e que agora está buscando realizar a coisa X ou Y, sem que se tenha uma explicação nem para as mudanças nem sobre o interesse em realizar determinada coisa.

                                            Quando o entrante é uma entidade espiritual muito evoluída ela pode manter a consciência de sua realidade, integralmente, ou seja, aquele Entrante sabe que é um entrante, sabe qual sua missão, sabe que o outro espírito cedeu lugar e sabe até quando a missão acaba. Há uma corrente ocultista que afirma que teria sido isso que aconteceu a Jesus, onde em determinado momento, especificamente no momento do batismo por João Batista, o que se diz sobre a descida do espírito Santo teria sido a chegada do Entrante,  pois que a Bíblia afirma que foi a partir daquele momento que começou a missão de Jesus e que ele se transformou muito depois do evento do batismo no rio Jordão.

                                             Mas seja o que quer que tenha ocorrido a Jesus, o fenômeno dos Entrantes existe e é uma realidade que convive conosco há muito tempo.

                                             Apesar de ser um tema tão interessante até hoje eu só tomei conhecimento de uma única obra que trata do assunto, quando uma pesquisadora americana escreveu um livro chamado  Strange Among Us .  Fora isso desconheço outras obras que tratem especificamente dos Entrantes.

                                             Eventualmente este capítulo será ampliado na medida em que as dúvidas e perguntas me sejam encaminhadas.

                                             Por ora explicamos que nem sempre um Entrante será um espírito esclarecido e do Bem.  Vamos ver este quadro explicativo :

 

   -  não precisa necessariamente ser um espírito altruísta que recebeu  uma missão a ser executada na Terra ;
 
   -  desencarnados não podem ser Entrantes ;
 
  Sobre os  Entrantes  :  -  uma entidade não-humana de vibração equiparável à hominal pode ser Entrante ;
 
   -  um Entrante não é um obsessor nem está fazendo possessão, portanto não pode ser exorcizado ;
 
   -  um Entrante pode trazer muitos  defeitos e qualidades que a pessoa não tinha mas sempre vai promover um comportamento totalmente diferente que aquela pessoa tinha antes da troca.


 

 

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