Um tema que raramente é abordado na literatura ocultista e que me pareceu bastante pertinente que fosse tratado é a Higiene Mental.  Mas vamos começar pelo básico :  todos nós, que buscamos uma maior proximidade com a realidade sutil temos a necessidade de um certo ordenamento interno, algo como que uma espécie de faxina na mente.  Toda faxina visa organizar e pôr ordem na bagunça, e com nossa mente não é diferente :  as coisas ficam fora do lugar, se desorganizam, enfim, de tempos em tempos tem-se de pôr ordem no caos.  Uma boa analogia que se poderia fazer é o que acontece com o computador :  para aqueles que não sabem, com o uso constante ele tende a ir ficando mais lento, principalmente por causa dos chamados “arquivos temporários”, que consomem desnecessariamente muita memória e por causa dos arquivos e programas que vamos usando, baixando e deletando, com o tempo tudo vira uma bagunça interna e é preciso Desfragmentar.  Todo computador tem, nas suas ferramentas do sistema, o seu desfragmentador de disco, que é preciso usar de vez em quando.  Ele vai pôr as coisas no seu devido lugar, unir os espaços em branco, recuperar memória e compactar.   Para a nossa mente, o que seria o ato de desfragmentar chamaremos de higiene mental.

 

                             Vivemos em uma Era em que existe o chamado imediatismo midiático, que significa :  ficamos sabendo de tudo em tempo real.  Coisas que acontecem lá na China serão de nosso conhecimento minutos após o ocorrido, e o que pouco tempo atrás levaria dias e até semanas para que soubéssemos, hoje nos chega de imediato. Ocorre que a grande maioria das coisas que nos chegam são invariavelmente tragédias e horrores.  Não bastassem as desgraças locais ainda temos de tomar conhecimento das iniqüidades do mundo e ficamos em constante bombardeio de más notícias.  Essa torrente de informações funestas vai nos poluindo auricamente, nos tornando pessoas obscuras e que com o tempo começam a achar que tudo isso é normal e nem mais nos espantamos com nada.

 

                            O que temos de deixar claro é que com o tempo as coisas vão além de uma visão de normalidade sobre essas iniqüidades e em dada medida podemos começar a cogitar de, se preciso, nós mesmos cometermos atos desse jaez,  uma vez que na nossa mente se tornou algo comum e corriqueiro tomar conhecimento de coisas funestas.  É dessa maneira que de tanto ver notícias sobre injustiças e impunidades a pessoa até então honesta começa a se sentir disposta a praticar algo errado também, por ver que pouco se faz para coibir tais coisas, de maneira que ela passa a se sentir em desvantagem no mundo por não praticar tais coisas também. E o mesmo se dá com todo o resto.   Então a  pessoa, até então pacata, em dado momento comete um crime de morte, primeiro porque já não se horroriza mais com  essa idéia, e depois ela vê a impunidade em toda parte, portanto não teme alguma eventual punição que, se houver, será abrandada por muitas e muitas brechas legais  e defensores que virão de toda parte para lhe garantir benesses e vantagens.

                           Em outras palavras, o que estou tentando dizer é que pelo contato com a negatividade do mundo nós mesmos vamos como que nos tornando impermeáveis e achando que isso é normal.  O mundo parece estar ao contrário e nem todos se dão conta disto.

 

                           Para melhor definir em que consiste essa higiene mental, a palavra-chave deste capítulo é DESCONECTAR.   Simplesmente nos desconectamos, pura e simplesmente.  No meu caso, isso é uma necessidade :  vejo as notícias pela mídia, e vejo as desgraças ao vivo no meu dia-a-dia, e também ouço os problemas de todos os que me procuram, são dezenas de pessoas,  me envolvo com todas as situações que afligem quem me procurou e então, em dado momento, preciso fazer a higiene mental.  Existe um dia da semana em que não assisto TV, nem leio jornais, não busco nenhuma notícia por nenhum meio.  Nesse dia, nem ligo o computador, não atendo ao telefone. Procuro manter uma certa regularidade ( “...o ser humano é um animal de hábitos...”)  mas não é em todas as semanas que posso fazer isso, porém  a priori a idéia é que esse procedimento seja semanal ou o mais próximo disso.  A gente se desliga, se desconecta do mundo.

 

                         Creia, leitor, isso é uma necessidade e todas as pessoas deviam fazer algo assim.  Tem que chegar um momento em que você deve se fechar à influência externa, não lê nenhuma notícia, não assiste TV, não liga o rádio nem o computador, enfim, não permite que nada desarmônico possa chegar a você naquele dia. É um dia para introspecção, para dar tempo a você mesmo, para ouvir música ou outra atividade que não envolva interação com o mundo exterior. Você precisa saber que uma aura negativamente carregada se reflete no corpo físico na forma de desconforto e de moléstias, daí a importância de descarregar essas energias.

 

                      Nesse dia você precisa descarregar a tensão física que compromete a sua natureza sutil, então vou lhe ensinar um procedimento tão simples quanto eficaz. Você só precisa da pia do banheiro ou de uma bacia com água. Supondo que você vá usar a pia do banheiro :  encha a pia, pode ser com água morna ou mesmo fria.  Agora você mergulha nela primeiro o cotovelo esquerdo, por um minuto.  Agora troque pelo direito, também por um minuto, sempre visualizando que as tensões deletérias estão se descarregando na água  ( e elas de fato estão).  Agora ponha os dois cotovelos ao mesmo tempo, também por um minuto.  Feito isto, pode soltar a água  (solte-a,  não tente reaproveitá-la para nada).  Faça isso sempre que se sentir tenso, e com isso você descarrega a tensão áurica, só não esqueça da visualização. Um outro procedimento derivado deste e que também descarrega tensões nefastas é pôr as mãos debaixo da água da torneira e deixar por alguns instantes.  Não é levar as mãos, é deixá-las molhar na água corrente.  O procedimento do cotovelo é mais abrangente mas esse das mãos é feito para aquelas situações em que não é possível pôr os cotovelos na pia, por exemplo, no local de trabalho.  Você simplesmente abre a torneira e deixa as mãos ali por alguns instantes (um minuto está de bom tamanho), e tanto pode uma mão de cada vez com as duas juntas. Para ilustrar como seria na prática, observe a figura abaixo :


                                                                                                    

 

                    Com esta atitude e mais a desconexão da higiene mental você fica pronto para mais uma rodada de bombardeio de negatividades.   Faça desses procedimentos um hábito.
                                      Antes de encerrarmos, uma observação :  nesses dias de isolamento isso inclui também certas pessoas do seu convívio que você julgue portadoras de más notícias ou de obscuridade. São aquelas pessoas que nunca estão bem, só se queixam, nos deixam pra baixo, estão de mal com a  vida.  Há pessoas assim, como vimos no n osso capítulo Pessoas Tóxicas, que recomendamos você dar uma olhada, caso ainda não o tenha feito.  Pois essas pessoas que possam poluir o nosso processo de desintoxicação energética precisam ser afastadas nesse dia. Posteriormente a este processo nós retomamos o contato com tudo e todos, mas é imprescindível que no dia da desintoxicação não tenhamos nenhuma brecha aberta :  numa palavra :  há de se evitar os  "urubus"  no dia da higiene mental.

 

 

VOLTAR GIRANTE.GIF (15720 bytes)      INDICE