squeça  todas aquelas definições fantasiosas que já leu ;  esqueça as descrições mirabolantes que  lhe deram, onde os simplórios se põe a explicar sobre algo que desconhecem e então descrevem um Iniciado, nesse caso um Mago, como se ele fosse uma espécie de semi-deus, um ser altamente poderoso e temível, envolto numa aura de mistério e sempre com um ar de imortal, que mora em algum lugar exótico, sempre usando capa e circulando entre nuvens de incenso. E descrevem a vida, a rotina e os afazeres de um Iniciado como se conhecessem um pessoalmente ou  se eles mesmos o fossem,. e toda informação vinda dessas pessoas é sempre informação terceirizada de outros simplórios ou é palpite.
                                             Do ponto de vista espiritual o Mago é um ser notável, mas ele, enquanto ser humano, é uma pessoa aparentemente comum.   Ele jamais andaria por aí com aqueles pentagramas enormes no pescoço, nem promovendo rituais em praça pública, nem tampouco ficar em mesas de bar explicando sobre mistérios sobrenaturais.
                                             Obviamente que aqui me refiro ao Mago oriundo das Ordens Ancestrais, que são os únicos que são Magos de direito e de fato, posto que os simplórios acham que qualquer um que tenha feito um "curso de magia" , "curso de mago-bruxo-druida-xamânico"  já pode ser chamado de mago, quando é só mais um auto-enganado que foi rapinado por algum farsante que monta esses "cursos".  Então, para que não restem dúvidas, o título de Mago só pode ser concedido pelas Ordens aos seus Iniciados, da mesma forma que somente Universidades podem conceder graus universitários.   Todas  as demais concessões desse título são toscas tentativas de embusteiros, vigaristas, néscios, simplórios e ridículos de se apoderar de algo a que não tem direito, nem de ostentar e muito menos de conceder.
                                           Antes de mais nada o Mago é um intelectual.  Um homem  que se diga Mago mas que demonstre ser um ignorante certamente não é o que diz ser e voce deve estar sempre atento a esse detalhe :   se o sujeito demonstra não ser amigo dos livros nem ter intimidade com o idioma nem com o conhecimento, esteja certo de que é mais um que não é nada daquilo que ele tenta fazer parecer que seja.
                                           O Mago é uma pessoa sempre em busca de conhecimento e sabedoria, tanto entre os assuntos profanos como nos assuntos divinos.
                                           Estuda a fundo as Leis Universais ;  ao Mago não basta pôr as Forças em movimento ;  ele tem um desejo irresistível de conhecer os mecanismos que põe essas forças em movimento, e esse ponto por si só já serve para diferenciar o Mago dos feiticeiros :  ao feiticeiro só o que interessa são os resultados, pouco lhe importando o por que funcionou ;  mas ao Mago não são só os resultados que interessam,  pois ele  quer saber que Leis possibilitaram a obtenção do resultado atingido, estudar e compreender essas Leis, suas aplicações e principalmente suas implicações.  
                                           O Mago propriamente dito é um Sacerdote, embora a Magia não seja uma religião, mas ele presta culto ao Poder Maior, que é a designação adotada pelas Ordens Ancestrais para se referir a Deus.
                                           Esse sacerdote ama à toda Humanidade como se ela fosse uma entidade única.  Esse  Mago não se dá ao direito de amar alguém em especial, não estabelece ligações amorosas com ninguém porque isso para ele seria uma heresia.  Amar alguém em separado indicaria que seu amor pela Humanidade é impuro e incompleto, pois evidenciaria a existência de dois tipos de amor, um por todos, e outro pela pessoa que ele escolheu. Os Magos estabeleceram que o sentimento a que os profanos chamam de amor é na verdade uma doença, uma patologia  contra  a qual se previnem de todas as maneiras.   Algumas pessoas muito presunçosas se escandalizaram com essa afirmação, talvez achando que isso fosse um aconselhamento a elas, mas na verdade é algo que se refere unicamente aos Magos e seu modo de vida. Dos quatro tipos de amor, que são  Ágape, Philos, Eros e Tanathos, ao Iniciado interessam apenas os dois primeiros.  Nesta Mega-page há um capítulo que discorre sobre essas quatro definições de Amor.
                                          O Mago não tem nenhum poder, eis aí outra afirmação que foi polêmica.  Mas de fato nenhum Mago tem qualquer poder.  O que o Mago tem é o Conhecimento, e nesse sentido se dirá que ele é poderoso pois o Conhecimento é Poder.  Conhecimento sim, mas das Leis Universais, da natureza humana e de si mesmo.  O Mago é um investigador da própria alma e por conhecer a sua conhecerá a dos outros pois que somos todos um.
                                          Ele também tem uma preocupação  com o desenvolvimento das demais pessoas, e lhe entristece o fato de constatar que bem poucas são merecedoras de sua preocupação. Muitas pessoas buscam o Iniciado não para que ele lhes ensine a pescar mas para que ele lhes dê o peixe, e eu mesmo encontro essas situações quase todos os dias.  Sempre há grandes precauções contra aqueles que se aproximam do Iniciado com a intenção única de obter vantagem indevida.
                                          O Mago incentiva o desenvolvimento dos outros pois sabe que o dever daquele que acordou é ajudar a acordar aqueles que ainda dormem.  Não  me refiro a instruções dadas a discípulos, e sim a uma preocupação especial que ele tem para com pessoas que tem contato com ele.  Ele sabe que é preciso que a mente esteja aberta e treinada para poder assimilar coisas que certamente serão muito úteis a essas pessoas.  E inicialmente ele tentará desenvolver o intelecto das pessoas,
incentivando a leitura para o desenvolvimento de um raciocínio rápido e lógico. A seguir ensinará algumas coisas que a ele seja permitido revelar, enfim, tentará fazer com que essas pessoas descubram que suas mentes são capazes de coisas muito grandes se forem mentes treinadas.  Com o tempo selecionará algumas pessoas e a essas  dará instruções mais avançadas que as instruções dirigidas a grupos maiores. Por certo que isso está na relação direta do merecimento e a manifestação do  desejo de aprender de cada um.
                                          O desejo do Mago é que essas pessoas que aprenderam com ele um dia vão passar adiante o que aprenderam, e é desse jeito que ele tenta "despertar"  os outros.  É desse jeito que os Magos vão colocando seu tijolo na parede da evolução humana.  O que o Iniciado faz com seu Discípulo é prepará-lo para ser seu sucessor, mas o que ele faz com as pessoas do seu  entorno é plantar as sementes de uma  nova consciência que vai despertar e por conseguinte despertará a outros. Ele joga as sementes, essas sementes quando encontram solo fértil germinam.  Infelizmente, muitas vezes essas sementes caem em terreno  pedregoso e se perdem.
                                          O que o Mago aprendeu em termos de Instrução Superior  ele tem o dever de passar aos seus Discípulos e só a eles. O Mago tem de passar aos seus Discípulos não apenas o que ele recebeu de seu Mestre mas também as suas experiências pessoais agregadas, ou seja, quando um Mago passa adiante os seus conhecimentos eles são majorados, aumentados, pois ele acrescenta a eles o que ele aprendeu por experiência própria.  Por isso toda vez que o Conhecimento é transmitido ele está maior e mais completo.
                                          Toda pessoa que se aproxima de um Mago e consegue a amizade dele só não se beneficia se realmente não quiser  pois ele dará amplas oportunidades para a obtenção desse aperfeiçoamento.  E deve ficar claro que ao constatar que a pessoa que dele se aproxima é uma pessoa que não tem nenhum interesse em se aperfeiçoar o Mago se afasta dessa pessoa já que lhe fica evidente que ele não acrescenta nada a esta pessoa e esta também não a ele.  Os contatos com um Mago são contatos em que se dá e se recebe, conhecimentos, energia e vibração, de modo que não pode nem deve haver encontro neutro, que seria um desperdício de tempo para ambas as partes.
                                                                  

                                            

 

 

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