este é
um capítulo curto que visa tão somente explicar o que é a tão falada LUZ
ASTRAL, tantas vezes referida nas obras ocultistas clássicas, como as de
Eliphas Lévi e de Papus, dentre muitas outras, inclusive minhas.
Primeiro, o que ela NÃO É : Luz Astral não
é Éter, embora os dois guardem
semelhanças que fazem com que ambos se confundam.
Tendo ficado claro esse ponto, vou fazer uma analogia para melhor entendimento
do meu leitor : você vai falar com alguém, que está dentro de uma
casa. Você está do lado de fora e a pessoa está dentro da casa, e ela
vai falar com você através da janela. Mas a luz lá dentro está apagada
então você terá uma certa dificuldade em enxergar a pessoa, pois ela não
está propriamente debruçada na janela e sim dentro de sua casa, onde está
escuro pra você. Lá de dentro ela vê você mas você não a
vê. Mas se a luz de dentro estiver acesa você a verá. Ou seja, se
ela estiver sendo iluminada pela luz de dentro da casa você poderá vê-la, lá
de fora.
Explicando a analogia : você
está do lado de fora da casa : você
está no plano físico.
A pessoa está dentro da casa :
a entidade está no plano dela.
A janela :
uma abertura inter-mundos.
A luz de dentro está apagada :
você não tem a vidência para ver
além dessa abertura inter-mundos.
A luz de dentro foi acesa e você vê
a pessoa lá dentro : com
a vidência necessária você vê a luz que ilumina aquele mundo e assim vê a
entidade que está ali, devidamente iluminada por aquela luz. E é essa luz que
a torna visível para você.
Entenda uma coisa : no plano físico a Física explica que os corpos só
são visíveis porque refletem luz, ou seja, um corpo que absorvesse ou não
refletisse luz seria invisível. E nos planos sutís se dá quase a mesma coisa,
só com uma diferença : as entidades ali estão sempre sob a luz que
ilumina aqueles mundos mas só se tornam visíveis se você tem vidência para
ver o que aquela luz reflete.
Tenho mais uma coisa a lhe explicar : no caso das entidades do astral
inferior se dá um fato interessante, e que o leitor deve ter em mente
: do mesmo modo que em geral as pessoas não as vêem, elas também,
inicialmente, não podem nos ver, a não ser por algumas emanações
energéticas do corpo físico, notadamente da região do umbigo. É
através do umbigo que elas localizam a pessoa e aí podem ver o aspecto
físico. Primeiro fazem uma varredura e podem localizar algumas pessoas
(não todas) e o fazem pelo umbigo dessas pessoas, que lhes serve de
sinalizador. Uma vez localizada elas passam a enxergar a dita pessoa,
usando o que para elas seria um recurso que seria equivalente à nossa
vidência. Porém, no caso das larvas etéreas a situação é bem outra,
especialmente porque as larvas etéreas não são habitantes dos planos astrais
e sim agregadas ao plano físico. As larvas também localizam a pessoa
através do umbigo da vítima, que emite o
AROMA, que é o que vai indicar se
aquela pessoa tem ou não o que a larva busca, mas a larva não tem como
enxergar a pessoa, como os habitantes do astral fazem. A larva é só
instinto animado, enquanto que aqueles outros seres são criaturas de outro
plano evolutivo. A larva busca as emanações do umbigo por causa do AROMA mas
as entidades astrais fazem essa busca por causa das emanações energéticas que
indicam a presença de um ser humano ali. Tanto no caso das larvas como no caso
dessas outras entidades o foco a ser buscado no ser humano se localiza no
umbigo. Não é por outra razão que nas Doutrinas da Cobra de Ferro está
escrito que o umbigo é o verdadeiro calcanhar de Aquiles do ser humano.
Um outro ponto que considero interessante explicar eu passarei nesse
trecho abaixo, extraído do meu livro SUMMA TEURGICA :
" Se devidamente dotada da capacidade chamada vidência, a pessoa pode
ver os habitantes de diferentes planos astrais bem como as respectivas entradas
que ligam este àqueles mundos, mas porém não verá a todos. isso se
deve ao fato de existir a
Lei de Interdição, que estabelece que a pessoa só
terá acesso, seja direto (via projeção) ou visual aos planos que lhe sejam
evolutivamente inferiores ou equivalentes à sua evolução, mas os planos
superiores lhe são interditos. Dessa forma, ainda que seja muito grande a sua
vidência ela não verá entidades de um plano que seja superior ao
seu desenvolvimento espiritual, posto que uma vidência desenvolvida não é nem
nunca foi sinônimo de evolução espiritual, estando muito mais associada ao
mero desenvolvimento de uma faculdade superior do que a uma evolução
espiritual propriamente dita.
" E nesse contexto se faz necessário explicar que existe um caso em que a
visualização de entidades superiores não depende de vidência, que é o caso
das materializações daquelas entidades vulgarmente chamadas de Anjos e
Demônios que se fazem presentes fisicamente por força dos Rituale Excelsis, e
que serão visíveis mesmo para aquele participante do ritual que não disponha
de nenhuma vidência.
" Fora o evento de um ritual superior, a visualização dessa espécie de
entidades só é permitida a quem tenha grande evolução espiritual, pois que
tais entidades são de um padrão vibratório superior ao humano e dessa forma a
Lei de Interdição protege as dimensões onde existem essas entidades para que
seres de evolução inferior não possam adentrar. Aliás, poderiam
adentrar se fossem convidadas, mas esse é um fato que simplesmente jamais
ocorreria, especialmente porque entidades angélicas e demoníacas abominam a
espécie humana.
" A mesma Lei de Interdição também impõe barreira aos habitantes do
astral inferior, que tecnicamente não podem entrar no plano físico, que lhes
é superior. Mas ocorre que por convite podem entrar, e aí está a razão
pela qual essas entidades de baixa vibração atendem tão prontamente aos
chamados promovidos por irresponsáveis nas famigeradas "brincadeiras do
copo" , nas consultas às tábuas Ouija , nas sessões espíritas e
outras formas de necromancia. Para tais entidades inferiores aquilo é um
convite, que é aceito de muito bom grado e onde passam a ter a liberdade de
causar toda sorte de perturbação àqueles que tomaram parte na emissão do
dito convite."
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A bem da verdade é preciso acrescentar que o Ocultismo moderno tem evitado o
uso do termo "luz astral" porque considera que o fenômeno
não é luz nem tampouco é astral. Existem segmentos que consideram o evento
luminoso mas concordam em que não é astral, posto ocorrer em outros planos
superiores ao astral.
A esse respeito escreveu o Mestre Dukhatt :
" Da mesma forma como a nossa dimensão é iluminada por Hélios, as outras dimensões também dispõe de uma fonte que as ilumina, porém, diferente do caso do plano físico, nesses outros planos a fonte é indireta. Não há um foco, não há um ponto geral de emanação, mas a iluminação se faz presente na sua totalidade. Se dirá até mesmo tratar-se de luz divina, o que talvez não esteja de todo errado. Todos os planos dispõe de uma espécie de iluminação subjetiva cuja fonte não se pode precisar e quanto mais elevado o plano tanto mais intensa será essa iluminação. Desde os planos astrais mais inferiores até os planos espirituais superiores, todas as dimensões contam com uma emanação luminosa, de maneira que não existe nenhum plano onde ela não se faça presente. Mas se trata de uma mesma emanação, uma mesma fonte : esse fabuloso Hélios espiritual é o mesmo para todos os planos sutís, sendo tão somente a intensidade o único fator que lhes estabelece diferença, e este se faz perceber na razão direta da ascese espiritual de cada um desses planos. Não obstante não se trata de luz no sentido amplo da palavra, e sim de uma modulação do Éter que permite a visualização." |